terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dharma em 2011: a astrologia chinesa e a astrologia ocidental

Segundo o Horóscopo Chinês, entre 03/02/2011 e 22/01/2012, estaremos sob a influência do Coelho. Na simbologia oriental, o ano regido pelo Coelho costuma ser marcado pela capacidade diplomática nas relações, ou melhor, pelo diálogo entre as pessoas que, de um modo geral, será cultivado e valorizado.

Podemos, também, estender a habilidade de saber dialogar para os âmbitos internacionais: Sob a influência do Coelho, as políticas internacionais podem avançar de forma significativa e harmoniosa, pois, os acordos diplomáticos, estão favorecidos e conflitos e guerras poderão ser evitados rapidamente, uma vez que a imagem do Coelho, geralmente é associada à rapidez, leveza e afetuosidade.

A graciosidade, a benevolência, a sensibilidade estética e o desenvolvimento do belo são características do Coelho. Nas relações pessoais, familiares e de trabalho, é importante estarmos sintonizados a estas energias. A harmonia e o bom senso, serão as principais marcas do ano de 2011.

Para que a paz e harmonia possam prevalecer entre as pessoas e os povos, é preciso estar atento às leis e regras, ou seja, ao significado da palavra dharma , segundo ZIMMER (1986, p. 128):
“O substantivo sânscrito dharma, da raiz dhr, ‘suster, sustentar, carregar’ (...) significa sustentar, manter unido ou erguido’. Como temos visto, dharma não se refere apenas a todo o contexto da lei e do costume (religião, usos, estatutos, modos de comportamento, deveres, éticas, boas-obras, virtude, mérito moral ou religioso, justiça, piedade, imparcialidade), mas também à qualidade, caráter ou natureza essencial do indivíduo, resultando disso que o seu dever, função social, vocação ou padrão moral, são o que são de fato”.

A observação e a compreensão do dharma, é condição sine qua non, para que as pessoas se relacionem de forma mais respeitosa. Como ressalta ZIMMER, “o dharma é a justiça ideal que se faz vida” (1986, p. 128).

Se o diálogo e as relações diplomáticas estão favorecidas, consequentemente as negociações comerciais e transações financeiras poderão usufruir da energia positiva do Coelho. Entretanto, como ressaltado acima, é preciso observar as regras, costumes e leis de cada etnia, credo ou país.

Coincidência ou não, na Astrologia Ocidental, a partir de 20 de março de 2011, estaremos sendo influenciados pelas energias do Planeta Mercúrio. Na tradição Greco-Romana, Mercúrio era o mensageiro. Na mitologia, ele era encarregado de levar e transmitir as informações no Panteão dos Deuses e, também, dos Deuses para os humanos.

Neste sentido, Mercúrio é a habilidade de nos expressarmos intelectualmente, de trocarmos informações, através da oralidade, da escrita, do ensino, do acesso à mente superior, uma vez que ele também era porta voz dos Deuses na terra.

Para Sasportas (1995, p.174):

“Mercúrio é associado a dois signos: Gêmeos e Virgem. Eles representam duas funções complementares deste palneta. O lado geminiano de Mercúrio é especialista em reunir pequenos pedaços de informações, colocá-los juntos e relacionar diversos aspectos da vida uns com outros. Virgem, por outro lado, disseca e separa as coisas, analisando cada componente em detalhe.”

Simbolicamente, Mercúrio é a capacidade mental, é a construção do conhecimento, que pode unir ou separar as coisas, os objetos e as pessoas, através da comunicação com o outro.

Sincronicidade ou não, o Coelho na Tradição Oriental e o Mercúrio na Tradição Ocidental parecem sinalizar que o ano de 2011 será mais harmonioso, em todos os aspectos, depende de como iremos lidar com a nossa habilidade de se comunicar, de expressar nossas impressões sobre os acontecimentos, as situações, as pessoas e o mundo.

De qualquer forma, o ano de 2011, solicita que aprendamos a ligar os conhecimentos de forma interdependente, complementar e significativa. Expandir a nossa mente superior, com o intuito de nos esforçarmos para a compreensão ou entendimento de si e dos outros, através de uma comunicação baseada no diálogo, na diplomacia, na capacidade de se colocar no lugar do outro, na graciosidade que gera a ternura, e, principalmente, consideração do dharma.

Referências Bibliográficas:
SASPORTAS, Howard. As doze casas: uma interpretação dos planetas e dos signos através das casas. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

ZIMMER, Henrich Robert. Filosofias da Índia. São Paulo: Palas Athena, 1986.